Não foi fácil decidir como dividiríamos o nosso tempo em Jerusalém. Queríamos aproveitar ao máximo. Nos planejamos, pesquisamos e esse foi o resultado do que conseguimos fazer em 4 dias completos nessa incrível cidade santa, e que também nos serviu de base para a realização de outros passeios a Jordânia (Aman, Jerash e Petra), a Belém e a Masada/Ein Gedi/Mar Morto. <3

Experiência israelense
1º Dia:
A chegada a Jerusalém foi tranquila, passada a sensação inicial de desconforto no aeroporto Ben Gurion em Tel Aviv. Digo isso, porque fui abordada e “sabatinada” por agentes de segurança tão logo saí do avião, e ainda no controle de passaporte, por outros tantos minutos. A minha impressão foi que esse controle excessivo se deveu ao fato de que eu entrei em Israel sozinha. Fazer o quê!? Mulheres jovens viajando sozinhas ainda são vistas de uma forma “diferente” em países não tão “fechados” como Israel, imagine então…
Saindo do aeroporto Ben Gurion em Tel Aviv, logo à direita, peguei um Sherut, que é tipo uma “lotação”, como conhecemos aqui no Brasil, em que você indica onde quer parar. No meu caso, eu indiquei que iria para Jerusalém e ficaria no The Post Hostel. E assim aconteceu.
O primeiro impacto ao chegar em Jerusalém, ao entardecer de uma quinta-feira, foi ver o sol refletir sobre aqueles edifícios de cor bege predominante, especialmente, na parte muralhada da cidade. Lindo!
Depois que me aloquei no hostel, não senti mesmo disposição para explorar a cidade. Estava frio. Sim, Jerusalém em março, para os meus padrões nordestinos, é uma cidade fria.
Resolvi então adentrar na culinária do Oriente Médio e comi um shakshuka, no próprio hostel, que, por sinal, estava deliciosa.
2º Dia:
Em Jerusalém, não tem jeito, haverá a necessidade de você contratar um serviço de guia em algum momento. Por isso, aproveitei o Free Walking Tour que saía do Portão de Jaffa, um dos mais conhecidos da cidade muralhada, para ter uma visão geral do local.

Vista da cidade muralhada nas proximidades do Portão Jaffa
Foram 2 horas de tour, onde tivemos a oportunidade de passar pelos bairros armênio, judeu, muçulmano e cristão. Eles são ligados uns aos outros. A diferenciação ficará por conta das construções e do perfil que você ver caminhando pelas ruas estreitas. Incrível!

Judeus ortodoxos nas ruas de Jerusalém
Nesse mesmo dia, aproveitei que todos estavam se preparando para o Shabbat, período de tempo guardado pelos judeus, que começa, basicamente, no pôr do sol de sexta e se estende até quando as 3 primeiras estrelas despontam no céu do sábado, por volta das 19h, e contratei um “Shabbat experience”, para conhecer um pouco mais da cultura judaica. Experiência absolutamente interessante.

Em frente à placa do Muro das Lamentações
3º Dia:
Passados um dia e meio em Jerusalém, eu comecei a me adaptar um pouco mais ao ritmo da cidade. Não sei explicar. Talvez seja exatamente o que ouvi de uma expatriada em Jerusalém. Disse ela que é tanta “energia” junta, se referindo à religiosidade das pessoas, que, eventualmente, certas coisas podem não funcionar normalmente, a exemplo do TRAM que para de uma hora para outra, porque alguém teve uma “crise” dentro de algum dos vagões. Isso eu presenciei!
No 3º dia, fiz a minha Via Dolorosa.

É no Lions’ Gate que se inicia a Via Dolorosa
Neste dia ainda, fomos conhecer a “Old train station”, conjunto de bares e restaurantes um pouco afastados da cidade muralhada.
4º Dia:
Descobrimos que uma vista imperdível de Jerusalém no Austria Hostel, que fica próximo a uma das estações da Via Dolorosa. Para ter acesso a ela, paga-se um valor.

Vista de Jerusalém a partir do Austria Hostel
Na sequência, saímos para mais explorar um pouco mais a Holy City, através de um serviço guiado. Visitamos novamente o Muro das Lamentações, a Dome of the Rock, Igreja do Santo Sepulcro, Via Dolorosa , os portões de Jerusalém, a sala da Santa Ceia, etc…

Dentro da Igreja do Santo Sepulcro (emoção)
5º Dia:
Devido a uma mudança na programação, passamos um pouco mais de tempo em Jerusalém, oportunidade em que tivemos para visitar o Museu do Holocausto, chamado de Yad Vashem. Passamos umas boas horas, circulando por entre tantas recordações tristes de histórias e vidas que foram mudadas para sempre pelo projeto de poder inescrupuloso de uns poucos. A entrada no museu é franca e ele é facilmente acessado pelo TRAM que circula por Jerusalém.

A única foto que consegui tirar no Museu do Holocausto (ainda fora)
Por mais que tentássemos, não conseguimos ver tudo o que queríamos nessa incrível cidade. Já cientes disso, não nos frustamos e aproveitamos o máximo que pudemos. Se alguém me perguntasse, sim, eu gostaria de voltar. Jerusalém é lugar para se estar não importa o clima, a idade ou o motivo. <3